segunda-feira, 29 de junho de 2009

"..uma mulher deve ser submissa ao marido como um cão ao seu dono..."


A frase dá que pensar...

Apesar de ser incrivelmente machista, este "tesourinho deprimente" foi proferido durante a celebração religiosa de um casamento e, conhecendo um pouco os nubentes, sou forçada a concluir que o ministro da religião acertou em cheio!!

Contudo, o papel do cão, neste caso, não cabe à mulher...

terça-feira, 16 de junho de 2009

Solteiro, encalhado e desesperado

Sempre pensei que a treta dos encalhados afligia bem mais as mulheres do que os homens, até porque, segundo dizem, há 7 mulheres para cada homem…
Contudo, este fim de semana, no casamento de uma colega, fui confrontada com o oposto: um homem solteiro, encalhado e desesperado…
Os convidados foram ordenados, pelas mesas, de acordo com o respectivo estado civil, solteiros com solteiros e casais com casais. Eu e mais duas amigas ficamos numa mesa, onde constavam vários solteiros do sexo oposto. Por azar, calhou ao meu lado o tal solteirão encalhado, fortemente sugestionado por todo aquele folclore típico de casório: troca de alianças, promessas de fidelidade e de amor eterno, and so on…
Depois de dirigir piadas e comentários (sem graça nenhuma), ganha coragem e começa a fazer um interrogatório sem fim: “…és amiga de quem? Há quanto tempo a conheces? De onde a conheces? Como é que te chamas? És de Braga? Se não ligas a futebol, a que é que ligas? Por que não me fazes perguntas a mim?”
Cada vez que eu tentava introduzir as minhas amigas no interrogatório, o homem “disparava” de imediato e de forma pouco simpática “ não quero saber das tuas amigas para nada…quero que me fales de ti…”
O massacre parecia não ter fim e, como uma desgraça nunca vem só, para além de ser “perguntadeiro”, tinha um olhar “escarafunchador “ muito pouco intimidante e inconveniente.
Por fim, o homem acabou por desistir, fartou-se das respostas “sim”, “não”, “talvez” e “pois”, mas não me livrei da chacota…
E pior…contagiou-me com o desespero, pois, no próximo casório, não quero ficar na mesa dos solteiros…

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Terra de Esperança

Um dia, parado o tempo,
Nossas vidas cruzarão
Livres de Nome ou Lugar.
E de nós só ficarão
As melhores coisas que havia
De acordo com esse Dia.

Amaremos de outro modo
Questionando o velho amor
Que antes nos comovia,
Quando a solidão e dor
Era o que a alma ganhava
Da contingência em que estava.

Fernando Pessoa, Poesia Inglesa